Ciência e
tecnologia
Investigadores
da União Europeia tencionam estimular o consciente com sessões
electromagneticas não invasivas.
Um
grupo de cientistas de Barcelona, ligados ao Projeto Europeu Luminous, está a
desenvolver um novo método para monitorar e estimular a volta da consciência em
pacientes que não respondem a estímulos do mundo externo, como pessoas em coma ou vítima de aneurismas.
O
método, em fase de testes em um hospital na Bélgica, consiste em usar
ferramentas tecnológicas únicas como eletrodos e softwares para o
desenvolvimento das ciências cognitivas, que estão relacionadas ao estudo
científico da mente ou da inteligência.
Por
meio do projeto os cientistas tentam medir o estado de consciência de
pacientes com aneurisma cerebral, por exemplo, causado por um trauma ou por
alguma doença vascular com a dilatação anormal de um vaso sanguíneo, o que deixa o paciente desacordado ou em modo vegetativo.
Método
Segundo
os cientistas, neste método, são enviados sinais eletromagnéticos ao cérebro
dos pacientes a cada 20 minutos para ajudar os neurônios a se comunicarem entre
sí mais facilmente.
“Queremos
descobrir se o estado em que o paciente se encontra pode ser alterado através
de sinais eletromagnéticos não invasivos. Por isso procuramos
simular a plasticidade do cérebro para ajudar os pacientes a recuperar algum do
estado de consciência e responderem a estímulos externos”, explicou David Soria, Engenheiro Biomédico.
O
objetivo do tratamento, que está em fase de testes, é intensificar o grau de
reatividade e fazer com que seja mais fácil para o paciente melhorar a memória
e a atenção. No caso dos pacientes em estado de consciência mínimo será
possível que estes apresentem alguns sinais de consciência.
"Já
sabemos que estes pacientes passam por intensos períodos de observação e
dependendo de como é aplicada a estimulação o grau de consciência que recuperam
pode variar. Para isso testamos vários métodos de estimulação do cérebro",
explica David Soria, Engenheiro Biomédico.
Os
cientistas trabalham ainda na precisão dos sinais eletromagnéticos para que
cheguem a certas regiões do cérebro de forma certeira e eficaz. Isso é feito
com o aumento da quantidade de elétrodos usados na estimulação elétrica por
meio de um capacete especialmente desenvolvido pelos engenheiros do
projeto.
A
boa notícia é que, apesar de ainda está em fase de testes a metade dos participantes
que participam estudo com a autorização e acompanhamento de seus
familiares têm mostrado alguns sinais de melhoria e por isso a investigação vai
continuar.
Por
Arlinda Migliette, Denice Lopes e Enia Lipanga
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