Pesquisadores estimulam o cérebro para recobrar a consciência


Saúde 
Projecto da União Européia busca encontrar meios para que pacientes inconscientes voltem a se comunicar. 

Um grupo de cientistas europeus, da bélgica e da Espanha, está realizando um estudo para mapear e compreender o funcionamento do cérebro em pacientes com quadro de inconsciência, no qual o cérebro não mantem comunicação com o mundo exterior.

Testes e simulações não invasivos, ou seja, que não machucam as pessoas, estão sendo realizados em voluntários internados em um hospital de Liege, na Belgica, para descobrir se pode ser alterado o grau de incerteza sobre a consciência destes pacientes.

O projecto Luminous, como é conhecido, está sendo coordenado em Barcelona e reúne cientistas que desenvolvem ferramentas tecnológicas únicas, como capacetes de eletrodos e softwares de monitoramento cerebral para o desenvolvimento das ciências cognitivas.

Os cientistas estão a desenvolver testes e experimentos tão eficientes quanto possível, de modo a atingir as várias regiões do cérebro. "A ideia é acessar algumas regiões cerebrais de forma certeira e eficaz para estimular e retorno da consciência, ou parte dela", explica o coordenador do projeto Luminous, Aureli Soria.

Futuro promissor
A boa notícia é que os pesquisadores já notaram algum avanço clinico na metade dos participantes do estudo, ou seja eles tem mostrando alguns sinais de melhora, por isso a investigação deve continuar.

"Ouço muitas vezes as pessoas dizerem para não dar falsas esperanças aos pacientes, ou familiares, mas penso que devíamos levar em conta o falso desespero, no qual achávamos que não podíamos fazer nada por estes pacientes, mas estávamos enganados", afirmou o neurologista Steven Laureys.

A pesquisa ainda esta em andamento, mas os investigadores esperam que ao final seja possível ajudar, pelo menos, os pacientes em estado de consciência mínima, despertos mas sem interagir ou se comunicar. Para isso os cientistas estão  aumentando os electrodos usados na estimulação eléctrica do cérebro.

Por Anatercia  Quece, Juliana Samara e Madalena  Nhanala


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