Tecnologia
Prótese vai reduzir o esforço que os amputados fazem para andar e poderá estar disponível brevemente.
Uma perna robótica inteligente que permite que os amputados possam voltar a andar normalmente está a ser desenvolvida e encontra-se em fase de testes no Instituto de Robótica da Itália. Trata-se de uma
tecnologia que fará com que os amputados reduzam o esforço físico exercido para andar.
Daniele Bellini, que perdeu a perna há 15 anos num acidente é um dos voluntários de teste do projecto. Ele já se beneficia da tecnologia e passa pelo teste em laboratório.
Segundo ele os avanços são visíveis tanto é que depois de duas sessões com a perna robótica, já consegue subir escadas passo a passo. "Com a prótese que eu usava isso não era possível, pois eu tinha de parar a cada passo devido ao amortecedor no joelho, o mesmo acontecia quando eu descia as escadas. Ele absorvia o impacto mas não dava o pulso necessário para subir. Com a prótese biónica tudo ficou bem mais fácil", comemorou.
Segundo ele os avanços são visíveis tanto é que depois de duas sessões com a perna robótica, já consegue subir escadas passo a passo. "Com a prótese que eu usava isso não era possível, pois eu tinha de parar a cada passo devido ao amortecedor no joelho, o mesmo acontecia quando eu descia as escadas. Ele absorvia o impacto mas não dava o pulso necessário para subir. Com a prótese biónica tudo ficou bem mais fácil", comemorou.
O Coordenador clínico do
laboratório Marelab, Raffaele Molino Lova, explica que "os pacientes amputados pela parte de baixo
da perna, gastam muito mais energia para andar do que as outras pessoas. O
objetivo desta prótese Ativa da Pélvis (cavidade na parte inferior ou posterior
do tronco onde se aloja o recto e uma grande parte dos aparelhos urinário e
genital) é dar-lhe a energia suficiente para não se cansarem tanto ao andar".
Baissa Abderrahman, outro amputado
transfemoral (pessoa amputada a cima do joelho) experimenta outro protótipo, um
exosqueleto pélvico que ao usá-lo, possibilita que os investigadores meçam o
esforço físico e cognitivo feito.
O professor e coordenador do projecto Cyberlegs, Nicola
Vitiello diz que o objectivo é fazer com que o sistema da perna saiba
automaticamente o que o paciente pretende fazer.
"|Dois sensores foram instalados nas duas solas, um colocado na prótese e outro na perna saudável. Toda a informação é recolhida, armazenada e processada dentro da prótese. Portanto, estamos sempre a medir o que as pernas estão a fazer, por onde andam, como se movem. Com base nesta informação, comparamos ao modelo e sabemos se o utilizador está a andar, se vai pelas escadas, ou se quer levantar, por exemplo", explica o investigador e engenheiro mecânico Joost Geeroms.
"|Dois sensores foram instalados nas duas solas, um colocado na prótese e outro na perna saudável. Toda a informação é recolhida, armazenada e processada dentro da prótese. Portanto, estamos sempre a medir o que as pernas estão a fazer, por onde andam, como se movem. Com base nesta informação, comparamos ao modelo e sabemos se o utilizador está a andar, se vai pelas escadas, ou se quer levantar, por exemplo", explica o investigador e engenheiro mecânico Joost Geeroms.
Para além de ajudar os amputados, esta tecnologia
poderá ser aplicada a uma prótese de braço, ou a uma mão biónica, o que vai
permitir também as pessoas tetraplégicas apanhar objectos. "Sabemos que estamos a desenvolver uma tecnologia
que pode ser usada em outras áreas, em outro tipo de pacientes, no campo da
saúde, ou na indústria, ao ajudar os trabalhadores a aliviar o excesso de
fadiga, ou em aplicações em geral", finalizou Nicola Vitiello.
Em Florença, a fase de testes continua. Se os
resultados forem positivos, os dois robôs poderão estar no mercado nos próximos anos.
Por: Argola Isaque Argola, Díter Romário Ildo, Joana Da Zelfa Caza.
Por: Argola Isaque Argola, Díter Romário Ildo, Joana Da Zelfa Caza.
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