Pernas biónicas vão mudar vida de pessoas com dificuldade de andar

Tecnologia
Fundação Don Gnocchi e Investigadores do Instituto de Biorobótica, na Itália, cidade da Toscânia, desenvolvem pernas robóticas que facilitam a vida de amputados transfemorais.

Itália desenvolve pernas robóticas (Foto:Divulgação)

Exosqueletos testados em Toscana pretendem dar passo importante para redução do grande esforço à usúarios amputados na coxa que usam próteses.

Pesquisadores da Fundação Don Gnocchi em Florença, desenvolveram um projecto que procura tornar a vida mais fácil de amputados na coxa, como o Senhor Daniele Bellini que perdeu a perna num acidente à 15 anos e hoje frequenta a fundação como voluntário para melhorar a sua vida e de outras milhares de pessoas.

Segundo Daniele Bellini, com a prótese que custamava usar não era possível subir as escadas, tinha de parar a cada passo, porque tinha amortecedor. " A prótese comum absorvia o impacto na descida, e não dava impulso necessário para subir. Mas e após duas sessões com perna robótica, já consegui subir escadas, passo a passo", comemora.

O Coordenador clínico do laboratório Marelab, Raffaele Molino Lava explicou que, normalmente, os pacientes amputados pela parte debaixo da perna gastam muito mais energia para andar do que as outras pessoas, por isso o objectivo desta prótese e dar energia suficiente para não se cansarem tanto a andar.

Para chegar a estes resultados os investigadores do Instituto da Biorobótica, em Pontedera, cruzaram várias áreas de conhecimento. Foi neste instituto que parte da perna foi desenhada com  dois motores, no tornozelo e no joelho e um sistema cognitivo para antecipar os movimentos do amputado, gracas a sensores estrategicamente  colocados para monitorar seus passos.

“Queremos que  o sistema saiba automaticamente o que pretende fazer. É por isso que precisamos de desenvolver a parte cognitiva destes robôs", revelou Nicola Vitiello, professor no Instituto e coordenador do projeto Cyberlegs++.

A boa notícia é que esta tecnologia poderá ser aplicada a uma prótese de braço, ou a uma mão biónica, o que vai permitir até a pessoas tetraplégicas apanhar objectos.

Nicola Vitiello diz que o instituto está a desenvolver tecnologia que poderá ser usada em outras áreas, em outro tipo de pacientes, no campo da saúde, ou na indústria, ao ajudar os trabalhadores a aliviar o excesso de fadiga, ou em aplicações em geral.

Em Florença, os testes continuam. Se os resultados forem satisfatórios, os dois robôs vão estar no mercado já nos próximos anos.

Por Henrique Feliciano Mbenhane


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